Tenho vivido uma crise existencial/criativa desde que iniciei esta jornada pelo mundo dos textos e da ficção. Após meses de tentativas frustradas de escrever algo que, ainda que remotamente, lembrasse um texto ficcional que tivesse qualquer valor, há algumas semanas finalmente cheguei ao diagnóstico fatal: nunca vou ser escritora, porque não tenho imaginação. Pronto!!
Até que o interessante e instigante livro de Rosa Montero - aliás, ele mesmo um amálgama entre os gêneros ficção e não-ficção - me acenou com uma possível luz sobre esse prognóstico tenebroso. "A imaginação é a louca da casa", disse Santa Tereza. E Rosa Montero se inspirou nessa frase para criar um livro que fala, entre outras coisas pertinentes ao mundo do escritor e da escrita, justamente da tal imaginação. E o que ela diz é que "a louca da casa" está em todos nós. Faz parte intrínseca do espírito humano, e vai sendo domada, cerceada e tolhida durante nossa existência de modo que possamos sentir que pertencemos à humanidade à nossa volta. Que possamos viver nossas vidas ordinárias, exercer nossos trabalhos ordinários e ter nossas relações ordinárias.
O escritor, desse modo, seria alguém que conseguiu encontrar a louca em algum lugar de sua mente e a deixou sair e se expressar. Que conseguiu sair do ordinário e criou algo extraordinário, ou seja, alcançou o tal Mundo Especial.
Essa idéia pode ser romântica, e pode não ser simples assim libertar a louca. Mas pelo menos acreditar que ela dorme dentro de mim me dá esperanças de que um dia, quem sabe, eu descubra onde ela se esconde e abra as portas da prisão para que ela saia e me enlouqueça um pouquinho. E talvez neste dia eu consiga escrever ficção. Talvez.
Até que o interessante e instigante livro de Rosa Montero - aliás, ele mesmo um amálgama entre os gêneros ficção e não-ficção - me acenou com uma possível luz sobre esse prognóstico tenebroso. "A imaginação é a louca da casa", disse Santa Tereza. E Rosa Montero se inspirou nessa frase para criar um livro que fala, entre outras coisas pertinentes ao mundo do escritor e da escrita, justamente da tal imaginação. E o que ela diz é que "a louca da casa" está em todos nós. Faz parte intrínseca do espírito humano, e vai sendo domada, cerceada e tolhida durante nossa existência de modo que possamos sentir que pertencemos à humanidade à nossa volta. Que possamos viver nossas vidas ordinárias, exercer nossos trabalhos ordinários e ter nossas relações ordinárias.
O escritor, desse modo, seria alguém que conseguiu encontrar a louca em algum lugar de sua mente e a deixou sair e se expressar. Que conseguiu sair do ordinário e criou algo extraordinário, ou seja, alcançou o tal Mundo Especial.
Essa idéia pode ser romântica, e pode não ser simples assim libertar a louca. Mas pelo menos acreditar que ela dorme dentro de mim me dá esperanças de que um dia, quem sabe, eu descubra onde ela se esconde e abra as portas da prisão para que ela saia e me enlouqueça um pouquinho. E talvez neste dia eu consiga escrever ficção. Talvez.