DISCLAIMER
Este blog não tem pretenções literárias. Todos os textos postados aqui são produto de uma mente um tanto inquieta e, como tal, em constante busca de respostas para as inúmeras perguntas que teimam em surgir sem serem convidadas. Leitores que caírem, propositalmente ou não, nesta toca devem, portanto, abster-se de julgamentos de valor e tentar ler esses pequenos posts sem preconceitos...


quinta-feira, 22 de maio de 2008

Sobre o SPC

Não, leitor desavisado, não estou prestes a discorrer a respeito do seviço de proteção ao crédito e quais sejam as implicações que ele possa ter na minha vida (se bem que o desgracento já me perturbou uma vez, e como!!!). Nem tão pouco estou escrevendo esta postagem para acabar com a raça dos SPC = Só Pra Contrariar, embora a tentação seja grande...

Na verdade, a sigla SPC, no mundo especial do nosso curso, é criação de nosso professor Gabriel e quer dizer "Sistema Pessoal de Convicções". Algumas semanas atrás, Gabriel nos pediu que, como exercício estilístico, tentássemos expressar nosso próprio sistema de convicções. Em que acreditamos? O que é valioso para nós? Que valores nos guiam?

Venho pensando nisso desde esse dia, e abaixo seguem algumas frases, algumas minhas, outras "emprestadas", sobre o que acredito nesta vida (e peço desculpas se as adotadas estão em inglês, mas é que considero esta minha "língua-mãe-adotiva"!)

  • Sobre a própria vida: "Life is what happens to you while you're busy doing other things" (da música "Beautiful Boy", de Lennon)
  • Sobre o "para sempre": "Forever really means: 'until the day it ends'" (da música "Forever", dos Alessi brothers) - Esta acho particularmente verdadeira!!!
  • Sobre a liberdade suprema de podermos quebrar a cara sossegados, sem que ninguém fique em cima: "I've got the right to be wrong!" (da música de mesmo título cantada pela Joss Stone)

As próximas convicções são originais minhas:

  • Coisas que realmente fazem a vida valer a pena: arte, música, literatura, tudo o que for exercício criativo e gerar beleza; cachorrinhos e seu amor incondicional; crianças e sua verdade incondicional; fazer alguém que se ama feliz; ser feliz com alguém que se ama; ser livre (até o ponto em que podemos ser livres); aceitar a si próprio e aos outros como são.
  • Diferença entre amor e paixão: amor só é possível quando é possível; paixão só é possível quando é impossível.
  • Sobre a fidelidade: a maioria dos seres humanos, no seu esforço por ser fiel, é infiel a si mesma; ainda assim, acredito que a fidelidade ao outro é um mal necessário na nossa cultura, porque, de acordo com os valores dessa cultura, ainda não sabemos lidar com a poligamia.
  • No fim das contas, o que vale é não se levar demasiadamente a sério. Saber rir dos próprios erros e defeitos é um dom valioso!

Quem não concordar com quaisquer dessas convicções, deixe um comentário, adoro criar polêmicas, mas estou sempre aberta a discussões!!

5 comentários:

Eduardo disse...

Olá Dulce:
NAMASTÊ
Me chamou a atenção seu conceito de amor e paixão;
A amor nasce naturalente quando dois seres de gêneros contrarios, mas de afinidades semelhanes se encontrarm. AFinidades ditadas pela lei cármica. A paixão surge quando essa afinidae não existe. Esses contrários se juntam apenas movidos pelo interesse material: sexo, riqueza etc. Não existe uma afinidade espiritual.

Cris disse...

Slave, salve Dulce-Alice!

Muito boas as convicções! Só agora consegui arrumar um tempinho para ler e ÓBVIO, vou comentar e polemizar mais um pouquinho, rsrsrsrs.

1. "Life is what happens to you while you're busy doing other things" - Try to make the other things your life! You can, just believe in yourself!

2. "Forever really means: 'until the day it ends'" - Im the present moment of my life, forever really means until the end of the day! :-D

3. "I've got the right to be wrong!" - I am always be wrong, but I am happy!

4. "Crianças são coisas que realmente fazem a vida valer a pena"? - desde que estejam quietinhas, caladinhas, quiçá com um pequeno espaço de distância, mais ou menos uns 2 km. ;-) Gosto de criança, mas infelizmente não tenho mais tanta paciência para aturar as mal criações, birras, choros etc.

5. "Fazer alguém que se ama feliz" - não acredito que somos capazes de fazer ninguém feliz, além de nós mesmos. E tentar fazer o outro feliz é o caminho mais curto para a infelicidade, pois em geral nos frustamos ao não deixar o outro feliz nem sermos felizes. ;-)

6. "Aceitar a si próprio e aos outros como são." - fantástico!! Concordo, mas deixando claro que se aceitar não é estagnar-se no tempo, porque se reavaliar continuamente e se permitir mudar, experimentar coisas novas é BOM DEMAIS!!!

7. "Sobre a fidelidade" - meu astrólogo me aconselhou experimentar a poligamia. Segundo ele, me faria evoluir materialmente e compreender melhor muitas coisas. Será? rsrsrs

8. "Saber rir dos próprios erros e defeitos é um dom valioso!" - Isso é verdade, concordo e tento praticar, mas nem sempre dá, pelo menos no momento imediato que acontece o erro. Por exemplo, experimente errar o caminho até a cozinha no escuro e dar uma topada na quina de algum móvel e ainda de quebra levantar uma unha do pé nesta topada. Duvido que alguém ria na hora!!! rsrsrsrs

Quanto às minhas convicções.... hummm.... só tenho uma: "prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo, sobre o que é o amor, sobre o que eu nem sei quem sou!" O autor dispensa apresentações!

Beijos de sua futura editora! rsrsrsrs

Cris disse...

Ah, apenas corrigindo um erro (vai ver é dislexia):

a primeira palavra do meu outro comentário é "Salve" e não "slave"... pode ter sido meu inconsciente reclamando que já estou tão cedo no trabalho! ;-)

Nanete Neves disse...

Dulce, adorei "a paixão só é possível quando é impossível".
Fica mais apimentada, né?
E gostei também daquela de não se levar tanto a sério.
Parabéns!

Marcia Paula disse...

Dulce,
Você foi bem transparente no seu SPC,sem dúvida,o mais sincero que li até aqui.Fui procurar a tradução das músicas,concordo plenamente com a frase "until the day it ends".Não conhecia "Right to be Wrong",além da letra ser muito interessante,a música,apesar de não ser meu estilo favorito,é simplesmente linda.
Quanto à fidelidade ou não,acho que a sociedade não tem nada com isso,penso que é algo a ser negociado por duas pessoas adultas,desde que elas prefiram a sinceridade(e a felicidade) à hipocrisia.