DISCLAIMER
Este blog não tem pretenções literárias. Todos os textos postados aqui são produto de uma mente um tanto inquieta e, como tal, em constante busca de respostas para as inúmeras perguntas que teimam em surgir sem serem convidadas. Leitores que caírem, propositalmente ou não, nesta toca devem, portanto, abster-se de julgamentos de valor e tentar ler esses pequenos posts sem preconceitos...


terça-feira, 10 de junho de 2008

Coisas que fazemos por amor



Não é fácil amar quem é diferente de nós. Se é verdade que os opostos se atraem, também é verdade que as diferenças tornam a convivência difícil, e o que atraiu duas pessoas pode, por fim, acabar por separá-las.
A pessoa que amo é oposta a mim: gosta de baladas, de aventurar-se, de superar seus limites físicos, é maratonista, pedala, faz corrida de aventuras; eu, só gosto de correr pro sofá assim que chego em casa do trabalho.
Mas pra amar é preciso estar perto, compartilhar as coisas de que o outro gosta. Então, no fim de semana passado, saí um pouco do sofá e de minha zona de conforto pra estar junto de quem amo.
Viajamos de madrugada, nos perdemos numa estrada de terra à uma da manhã, escalei pedras, subi e desci montanhas, e ontem mal conseguia andar. Para meu amor, isso foi fichinha, podia fazer isso todos os dias. Pra mim, foi uma superação. E não somente física, embora tenha exigido muito dos meus destreinados músculos e coração.

Não foi só na estrada de terra que me perdi nesse fim de semana. Também me perdi um pouquinho de mim mesma, do meu "eu" egoísta e acostumado a fazer só o que gosto. Acho que amar também é isso, se perder pra poder encontrar o outro.
E até que uma aventurazinha de vez em quando é bom!!...

Um comentário:

Nanete Neves disse...

Tem razão, Dulce, amar dói tanto que nos tira do equilibrio natural.
Bacana a forma como você escreveu sobre como, nesse movimento em direção ao outro, você perdeu partes chatas de si... Lindo!